Arquivo para 21 de agosto de 2008

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Rebeldes sem causa: Limitar e repreender maus comportamentos é essencial na criação

Falta de limites

Educar o filho é a parte mais difícil do papel dos pais. Quando crianças, eles obedecem e aceitam o que lhes é imposto, quase sempre sem protestos. Mas quando crescem… Ao tornarem-se adolescentes, parecem ignorar aqueles que antes eram vistos como seus principais aliados. Nessa época de experimentação, em que a personalidade ainda está se formando, muitos jovens passam a ter uma certa dose de rebeldia. Resta aos pais conversa, bom humor e muita, muita paciência para lidar com esta fase, sem deixar a educação de lado.

“É preciso negociar. No início, estabeleça pequenas regras, que têm que ser combinadas e respeitadas pelas duas partes”

A rebeldia é considerada praticamente uma condição da adolescência. Neste período da vida, eles resolvem testar o mundo à sua volta e, principalmente, os pais. É claro que existe uma inquietação saudável, de contestar as coisas e descobrir novos mundos. Entretanto, há jovens que apresentam um comportamento “rebelde” sem nenhum motivo aparente, transformando suas vidas e as dos familiares num verdadeiro caos. Pais e filhos travam batalhas diárias tentando impor suas vontades e, na maioria das vezes, sem chegarem a um acordo. Estas atitudes provocam sérios problemas e podem chegar a casos extremos.

A economista Solange de Souza tem uma filha adolescente de 13 anos e ficou completamente acuada pela menina. “Ela me xingava, tentava mandar em mim. Não tínhamos mais diálogos, só brigas”, relata. A mãe decidiu procurar ajuda. Foi a uma psiquiatra infantil, mas uma das primeiras coisas que ouviu foi que não bastava só tratar a menina, mas a ela também. Hoje, as duas fazem análise e tudo está começando a entrar nos eixos. “Mas não é da noite para o dia, estamos caminhando juntas. Devagar, com algumas brigas, porém o mais importante é que estamos começando a nos entender. Ela está aprendendo a me respeitar e eu, a ela”, diz a mãe, emocionada.

Para a psicóloga infantil Ana Iencarelli, os filhos têm estes tipos de atitudes para chamar a atenção dos pais. “Hoje em dia falta limite, a criança que não tem alguém que a repreenda provoca de alguma forma. Quanto mais solta está, mais vai querer que o adulto olhe”. Segundo a especialista, desta forma o filho “avisa” que está carente, que precisa de alguém para dizer o que pode e o que não pode fazer.

A advogada Marlene Ferreira conta que, muitas vezes, liga para casa antes de sair do trabalho para falar com a filha, de 16 anos, para saber como está o humor dela. “Dependendo da resposta, fico mais tempo no escritório ou no carro, dentro da garagem, e só chego em casa depois que ela dorme, por volta das 10 horas da noite”. Desta forma, de acordo com a advogada, ela evita as brigas e não se aborrece com a jovem.

Não fuja da raia

Mas será que esta atitude está certa? Segundo os especialistas, não. Para eles, fugir só deve aumentar o problema. O certo é tentar o diálogo. A psicóloga Ana Iencarelli diz que “os adolescentes mais rebeldes são os mais amedrontados”, por isso aconselha que a criação de leis internas pode ser um bom caminho. “É preciso negociar. No início, estabeleça pequenas regras, que têm que ser combinadas e respeitadas pelas duas partes”, orienta. Ela diz que se deve sempre falar com firmeza, mas sem grosseria. “Os filhos têm que aprender a ficar frustrados enquanto são crianças e adolescentes porque, caso contrário, não serão adultos minimamente adequados à sociedade”, adverte a psicóloga.

A dona de casa Ângela Ferreira tem um casal de filhos adultos, mas lembra que enfrentar a adolescência do filho foi muito difícil para ela e o marido. “Meu filho não conversava com a gente. Dormia fora de casa sem avisar e quando voltava não dizia o que tinha acontecido”, lembra. Ela diz que tentava o diálogo, mas nunca conseguia. Hoje, quase dez anos depois, eles têm uma boa relação, mas Ângela diz que se pudesse voltar no tempo, faria algumas coisas diferentes como tentar se impor mais e não permitir este tipo de comportamento. A postura de permissividade dela acabou gerando problemas, relata Ângela. “Eu não queria dar a eles a educação rígida que tive”.

E é esta diferença entre as gerações de pais que também pode ser apontada como um dos principais provocadores da rebeldia sem causa dos adolescentes na modernidade. Especialistas dizem que os pais dos anos 50 e 60 não tinham diálogo com os filhos e eram autoritários. Depois, eles se transformaram e passaram a acreditar que sendo amigos teriam uma relação melhor com os filhos e, com isso, raras vezes diziam não, tornando-se permissivos.

Dê limites

“A permissividade dos pais acarreta a falta de limites para os filhos, fazendo com que o adolescente se rebele sem motivos”. Para o Chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa do Rio de Janeiro, Fábio Barbirato, “os pais perdem o rumo da educação dos filhos quando tentam ser amigos e esquecem-se de dar limites”.

O psiquiatra acrescenta que “não adianta ser autoritário, mas sim ter autoridade”. E reconhece que “muitos pais acabam não exercendo esta autoridade porque demanda muito esforço e deixam tudo fluir”. Barbirato reitera que a “autoridade tem que ser exercida com diálogo, mostrando principalmente o respeito que os filhos têm que ter aos pais” e ressalta que a rebeldia é mais comum nas classes média e média-alta, porque, segundo ele, nas outras camadas, “ainda há o respeito à hierarquia que os pais representam”.

“A permissividade dos pais acarreta a falta de limites para os filhos, fazendo com que o adolescente se rebele sem motivos”

Os colégios particulares mostram bem esta realidade. Ana Cláudia Oliveira é professora do Ensino Médio de uma escola em Ipanema. Ela conta que um dia chamou a atenção de um aluno que estava conversando em sala de aula. “O menino respondeu que ‘eu não mandava nele, que ele pagava o meu salário e que eu é que tinha que ficar quieta'”, lembra. A professora saiu da sala e foi à direção do colégio contar o episódio. Os pais do estudante foram convidados a conversar com os coordenadores e alertados do mau comportamento do filho. Segundo a professora, a mãe reconheceu o erro e disse que daquele dia em diante iria tentar conversar mais com o filho para dizer a ele que um professor deve ser tão respeitado quanto os pais.

Esta mãe deve, sobretudo, dizer ao filho um dos principais conselhos dos especialistas para quem tem filhos rebeldes: é fundamental os pais ensinarem aos filhos que não se pode fazer com o outro aquilo que você não quer que façam com você.

Texto de Beatriz Fonseca; Fonte: MSN.




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Aspiro com o dia em que não incomodarei as pessoas com minha sinceridade. No dia em que as pessoas não terão medo e nem vergonha de expor sua essência – dizer o que realmente pensam e querem. O fim da hipocrisia, do sujeito oblíquo. Com calma caminho em busca de um futuro melhor, e não espero por coisas fáceis. Sou chata, brega, amiga, leal, fiel, prestativa, distraída, esquecida, impulsiva, falante, extravagante, extrovertida, medrosa, extremamente ansiosa, normalmente curiosa e tolerante, as vezes envergonhada. Mensageira da esperança, da palavra amiga. Admiro quem anda sozinho, mas não consigo. Fico feliz quando vejo um sorriso, quando o sonho se torna realidade mesmo q não seja meu. Satisfeita ao ver um casal de velhinhos em um restaurante, de mãos dadas. Choro quando assisto TV, quando sofro decepção, quando decepciono alguém e por saber que o mal está solto. Mas tranquila e muito feliz por saber que acima de tudo Deus existe, que é Amor, Justo, Fiel, Onipotente e Onipresente. Não tenho a família de meus sonhos, porém tenho força de vontade para criar uma, todos os passos são cuidadosamente analizados e percebo hoje que estou em uma posição muito a frente dos meus sonhos mais simples. Com a Graça de Deus Celestial. E com a certeza que Deus nunca me abandonou! Com a benção Dele, sinto que realizarei e viverei mais que sonhos. Desejo ver meus filhos crescer e que sejam felizes, ter mais filhos e adotar quando possível. Quero uma família grande, unida e repleta de paz e amor. Desejo que as pessoas conheçam a Paz, o Amor e o Poder que somente nosso Deus tem e pode nos dar. Desejo uma casa, no quintal: animais e um pé de jambo. Bem longe do Rio de Janeiro. Mas Deus sabe o que é melhor para mim. Afinal, sou mais que uma vencedora! Fui escolhida em uma corrida de milhões, fui vitoriosa e gerada. Gerei filhos saudáveis e lindos, perfeitos aos olhos de Deus, aos meus olhos... e verdadeiros Presentes Divinos em minha vida.

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